Formação

segunda-feira, 19 de março de 2012

Mujeres Libres - Experiência Anarcofeminista na Revolução Espanhola

Mais um texto muito interessante que utilizamos para nossa formação interna. Neste artigo a historiadora feminista Margareth Rago resgata a memória do grupo anarcofeminista Mujeres Libres, uma organização que lutou para garantir o acesso das mulheres espanholas à esfera pública em um momento decisivo para a política do país, em plena Guerra Civil e levante popular de 1936. Na época as mulheres espanholas viviam um período de extrema repressão social, subordinadas aos pais e maridos e com pouquíssima participação política, e apesar das críticas dos anarquistas às instituições como Igreja e Família, na prática a situação feminina continuava longe de parecer justa dentro do movimento revolucionário. Mujeres Libres é um marco histórico do feminismo que nos relata a importância dos grupos de mulheres autônomos e auto-organizados para vencer a desigualdade de gênero, assegurando a participação política das mulheres na luta pela transformação social.



"Focalizo, neste texto, a experiência de um dos maiores movimentos femininos de massas durante a Revolução Espanhola, o grupo anarcofeminista Mujeres Libres, tendo como referências teóricas a crítica feminista e os conceitos foucaultianos relativos à ética e à subjetividade. No âmbito do movimento revolucionário que se deflagra na Espanha dos anos trinta, essa organização lutou pela autonomia feminina, entendendo claramente a necessidade de criar novos modos de subjetivação num país altamente conservador, religioso e machista."



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