Formação

segunda-feira, 19 de março de 2012

Mujeres Libres - Experiência Anarcofeminista na Revolução Espanhola

Mais um texto muito interessante que utilizamos para nossa formação interna. Neste artigo a historiadora feminista Margareth Rago resgata a memória do grupo anarcofeminista Mujeres Libres, uma organização que lutou para garantir o acesso das mulheres espanholas à esfera pública em um momento decisivo para a política do país, em plena Guerra Civil e levante popular de 1936. Na época as mulheres espanholas viviam um período de extrema repressão social, subordinadas aos pais e maridos e com pouquíssima participação política, e apesar das críticas dos anarquistas às instituições como Igreja e Família, na prática a situação feminina continuava longe de parecer justa dentro do movimento revolucionário. Mujeres Libres é um marco histórico do feminismo que nos relata a importância dos grupos de mulheres autônomos e auto-organizados para vencer a desigualdade de gênero, assegurando a participação política das mulheres na luta pela transformação social.



"Focalizo, neste texto, a experiência de um dos maiores movimentos femininos de massas durante a Revolução Espanhola, o grupo anarcofeminista Mujeres Libres, tendo como referências teóricas a crítica feminista e os conceitos foucaultianos relativos à ética e à subjetividade. No âmbito do movimento revolucionário que se deflagra na Espanha dos anos trinta, essa organização lutou pela autonomia feminina, entendendo claramente a necessidade de criar novos modos de subjetivação num país altamente conservador, religioso e machista."



terça-feira, 13 de março de 2012

Alexandra Kollontai - A Nova Moral Sexual

Um dos objetivos deste blog é socializar todos os textos de formação interna das militantes do Anastácia Livre, e damos início disponibilizando para download os textos "A Nova Mulher e a Moral Sexual (I e II)" de Alexandra Kollontai, feminista marxista do período da Revolução Russa. Feita a devida análise do contexto histórico, trata-se de um material interessante para a reflexão da evolução do papel da mulher na sociedade, que nos deixa perplexas em vários pontos e nos faz notar que as coisas não mudaram tanto assim.


Alexandra Kollontai (1872-1952) foi uma das líderes da primeira revolução socialista. Os dois textos publicados refletem o aprendizado político e as conquistas da revolução na construção das novas relações de classe e gênero. Faz uma análise da situação da mulher na sociedade burguesa, comprimida por um código moral em que a propriedade privada era – e ainda é – prioridade, a ela tudo se sujeitando. E, a partir das conquistas da revolução, apresenta a necessidade da reorientação no comportamento do homem e da mulher, participantes da nova estrutura social que a revolução engendrou: um amor-companheiro, com direitos e responsabilidades iguais, com respeito à individualidade, com apoio mútuo.

"Quem são as mulheres modernas? Como as criou a vida?A mulher moderna, a mulher que denominamos celibatária, é filha do sistema econômico do grande capitalismo. A mulher celibatária, não como tipo acidental, mas uma realidade cotidiana, uma realidade da massa, um fato que se repete de forma determinada, nasceu com o ruído infernal das máquinas da usina e da sirene das fábricas. A imensa transformação que sofreram as condições de produção no transcurso dos últimos anos, inclusive depois da influência das constantes vitórias da produção do grande capitalismo, obrigou também a mulher a adaptar-se às novas condições criadas pela realidade que a envolve, O tipo fundamental da mulher está em relação direta com o grau histórico do desenvolvimento econômico por que atravessa a humanidade. Ao mesmo tempo que se experimenta uma transformação das condições econômicas, simultaneamente à evolução das relações da produção, experimenta-se a mudança no aspecto psicológico da mulher. A mulher moderna, como tipo, não poderia aparecer a não ser com o aumento quantitativo da força de trabalho feminino assalariado. Há cinqüenta anos, considerava-se a participação da mulher na vida econômica como desvio do normal, como infração da ordem natural das coisas. As mentalidades mais avançadas, os próprios socialistas buscavam os meios adequados para que a mulher voltasse ao lar. Hoje em dia, somente os reacionários, encerrados em preconceitos e na mais sombria ignorância, são capazes de repetir essas opiniões abandonadas e ultrapassadas há muito tempo."



*Caso o link de download tenha expirado, deixe um comentário que uparemos novamente. 

Anastácia na Rádio da Juventude - Vídeos

Para quem não conseguiu acompanhar a programação da Rádio da Juventude no dia 10/03, confira os vídeos da participação da Anastácia e clique aqui para ter acesso a toda a transmissão.
Veias Abertas - Femicídio na América Latina, o caso da cidade de Juarez no México.



Video streaming by Ustream

Mulheres e Hip Hop



Video streaming by Ustream

domingo, 11 de março de 2012

Manifesta Hip Hop

No dia 25 de Março estaremos presentes no Manifesta Hip Hop, compondo e politizando o debate sobre o tema "Mulheres no Hip Hop". Contamos com todas e todos para um dia com muita música de qualidade e um bate papo mais que necessário, organizado pelas mulheres que fazem. 


Manifesta Hip Hop apresenta Elas:
Odisseia das Flores
Stefanie
Thays Pri
Dj Nanny
Coletivo Anastácia Livre

Quando? 25 de Março (Domingo) às 17h.
Onde? Rua Major Arouche de Toledo, 356 - Mogi das Cruzes/SP (Centro).
Quanto? De graça.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Anastácia na Rádio da Juventude

No Sábado (10/03), estaremos em São Vicente participando de uma programação especial da Rádio da Juventude, focada nas questões da mulher.



Participaremos dos programas "Vozes do Gueto" às 12h e "Reflexão e Ação" às 19h, e também vamos acompanhar a transmissão o dia todo. Acreditamos na importância das rádios comunitárias para proporcionar informação acessível e de qualidade sem perder a autonomia.

Vale a pena sintonizar!

quarta-feira, 7 de março de 2012

Debate sobre o papel da mulher na sociedade - UNIFESP BS

No dia 8 de Março, estaremos presentes no Debate sobre o papel da mulher na sociedade na UNIFESP de Santos. A data é uma referência para essa discussão tão urgente e necessária, sobretudo em um espaço de formação que é a Universidade - onde testemunhamos a reprodução da cultura machista tão comum em nosso cotidiano.



Quando? Dia 8 de março, às 17h30
Onde? Unifesp - Unidade (inacabada) Silva Jardim (Santos - SP)
Quem? Com participação dos coletivos Dandara e Anastácia Livre