Formação

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Rap Feminista - Máá Niggs

Anarcofeminista, as mina tão na pista
Prontas pra tocar o próprio negócio
Sem precisar de sócio, depender de alguem te faz entrar em estado de ócio
Sei que o sistema nos proibe, nos restringe, nos atinge, desmerecem o nosso valor
Isso tudo é medo de revolução...
Olha agente, linha de frente, contra todo machismo, fortalecedo os laços, que antigamente nao passavam de correntes
Mas que surpreendente Anastacia Livre hoje, um Coletivo diferente
É quente, a inteligência e criatividade a mil, irmandade, eu to falando de Nigg's Crew
Se tu gosta, gosta, se nao gosta não conhece, assim que é
Não me importa o seu achismo o que espera, ou quer
Eu to agradecida por ser uma mulher..."

Essa inspiração dedico a vocês do Coletivo Anastacia Livre e Niggs Crew



 

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Poesia: Cabeça baixa - Mayara Ferreira

Impostos
Destroços
Compostos
Pela necessidade de um governo
que nos rouba
nos prende
sem aparentes esforços
Sua pele incrimina
Exagero de melanina
Cor ofenda Cor
e minha indiferença
é motivo para chacina
Abaixa a cabeça povo preto!!!
Concorrência de ideias
da cadeia por motivo de desrespeito
Grita
Chora
A mãe implora
Pela vida da criança com estudo
sem estudo
causadora de estupro
Julgamento?
Não precisa
Seu excesso de bronzeamento
Já tem suas acusações
Observadas, praticadas e ditadas em nosso parlamento
Se é preto é bandido
ou melhor se é "afro- descendente"
Muda o nome
Assim talvez eles pensem que são gente
Igualdade, desigualdade
Imposta por diferenças
De idade
De religião
E sexualidade
Acha que negros sofrem sozinhos?
Sou governante
e acredite meu filho
isso é só uma parte do redemoinho
Mas então quem não é enterrado, descriminado e julgado?
Só aqueles que são coerentes com o estado
Tem saldo em banco quitado
Ou abaixa a cabeça para seus ideais, fardado.
Esses podem tudo
De resto
Impresso
Cale a boca e não me venha com protesto
Não esqueça que se a justiça é injusta
Se as causas ganhadas
São as que deveriam estar perdidas
E você sofrer e não se conter
Só se faça uma pergunta:
à quem mais vai recorrer?

- Mayara Ferreira

quinta-feira, 25 de julho de 2013

25 de julho - dia da mulher negra latino americana e caribenha


A CARA DA HISTÓRIA 


Lilian Sankofa 


Minha pele é da cor da África
Preta, reluzente, com cheiro de Anastácia.
O corpo estremesse aos cântigos e batuques
Dança, chora, sente muitos prazeres.
Não para servir de carne à venda.
Mas para lembrar que a história do meu povo será contada
Não pelo branco opressor que me violentou,
Mas por quem a vivenciou.
Acotirene, Aqualtune, Dandara
Revelam a história de uma luta com a nossa cara.
Jamais vou esquecer as marcas da chibata.
O meu coração foi perfurado com uma espada
Arrancada da minha terra eu fui
Para trabalho forçado que dilui
As esperanças, as forças, "o amor".
Para enriquecer o bolso do explorador
Que só nos causa rancor, miséria e dor.
Não sou um esculacho como a burguesia quer que eu acho.
Sou o reflexo da intolerância
De um mundo de opressão e violência....  

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Há machismo na esquerda? - 2º Seminário

 
 
 
2º SEMINÁRIO:
HÁ MACHISMO NA ESQUERDA?

DIA 24/08, das 14h as 18h
Local: Sindicato dos Bancários (Auditório Azul)
Rua São Bento,413 - Centro -SP/SP

Eixos do 2 seminário:
- Organizações de esquerda e a relação com o feminismo
- Reprodução do machismo, entre homens e mulheres, e divisão sexual do trabalho nas organizações
- Afeto, subordinação e violência nas relações afetivo-sexuais no espaço da esquerda

No debate:
Talita Melo (militante feminista)
Amelinha Telles (União de Mulheres)
e demais convidadas a confirmar

confirmar presença: confirmacao.machismonaesquerda@gmail.com

Organização: Coletivo Anastácia Livre, Violeta Parra, Casa Mafalda e independentes.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Reunião Mensal

















clique na imagem para melhor visualização

A Reunião acontecerá na Biblioteca Solano Trindade, na Cid. Tiradentes (zona leste)
R. dos texteis, 1050.
 Os seguintes terminais
possuem ônibus "Cid. Tiradentes":
- Metrô Tatuapé
- Metrô Penha
- Metrô Itaquera
- Term. Parq. Dom Pedro
Descer no terminal NOVO da Cid. Tiradentes, a subida ao lado é a av. dos texteis.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Fotos: Dia de Praça e Resistência – Itaquera

http://sitiovive.wordpress.com/2013/07/15/fotos-dia-de-praca-e-resistencia-itaquera/

Domingo foi dia de praça e resistência na Cohab II em Itaquera.

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Roda de debate
A roda de debate começou com a apresentação do núcleo José Bonifácio da Uneafro falando da importância da educação popular que ultrapassa os limites dos editais de vestibular, pensando uma educação ampla, formadora de indivíduos dotados de autonomia do próprio saber. O Coletivo Anastácia Livre emendou a discussão a respeito do encarceramento em massa como uma política de Estado que tem sua maior incidência sobre a população negra e periférica. Outro tema debatido foi o fim do vestibular como garantia de acesso da classe trabalhadora ao ensino superior público e de qualidade, contando também com
políticas de permanência para essa camada da população.
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Presente também, o MPL fez um histórico do movimento até as recentes mobilizações da “jornada de junho”, quando onde houve uma grande adesão da população às ruas. Essa adesão, segundo xs integrantes do MPL foi graças a organização e constante atuação do movimento nas ruas. Diferente do que é difundido na mídia tradicional o MPL não acredita que essa adesão foi o fator da repressão policial do dia 13/06, pois essa mesma repressão sempre esteve presente em todas as manifestações de rua dos movimentos sociais organizados, além dos ostensivos ataques à classe trabalhadora da periferia.
A vida só muda com Resistência e Luta
Encerrando as atividades de domingo muita música de resistência:
Nossos companheiros do Ktarse fizeram um grande som, com músicas do CD Gueto Subersivo (2011) e algumas novidades.
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Depois da fúrio do rap um bom samba de raiz com os Inquilinos do Universo mostrando que o samba  também é resistência e luta.
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sexta-feira, 12 de julho de 2013


 Quando: 14 de JULHO, A partir das 14h30 !!


Salve, salve, moradora e morador de Itaquera!

Estamos vivendo um momento diferente. Todos nós nos indignamos todos os dias com o transporte público, com a violência policial, com a falta em geral de serviços públicos, dentre uma série de outros problemas, que só demonstram o quanto o Estado dá as costas para os trabalhadores, moradores da periferia.

A diferença é que, agora, muita gente indignada tá indo pras ruas! Isso significa que muita gente tá cansada de ver sua vida sendo decidida pelos governos, que sempre tomam decisões que não atendem de verdade às nossas necessidades – como foi o aumento da tarifa do transporte. Não dá pra arrancar deles conquistas sozinhos! As manifestações que tão rolando em todo o país tão nos ensinando que só lutando coletivamente é que teremos força para alcançar a vida que queremos.

No dia 14 de julho, às 14:30 horas, moradores da zona leste estarão na Praça Brasil (Cohab José Bonifácio) para discutir sobre as condições das periferias nesse momento de forte debate político na sociedade.

Bate- papo com: MOVIMENTO PASSE LIVRE, Núcleo José Bonifácio do Cursinho Popular da UNEAFRO, entre outros guerreiros e ativistas que buscam construir e reforçar as lutas na nossa região.

E mais! RAP COM KTARSE e
SAMBA COM INQUILINOS DO UNIVERSO!

A conversa é aberta!
Traga seus familiares e amigos para vivenciar esse dia na praça!
Bora fortalecer a voz da periferia e se organizar pra construir uma cidade pra todos e com qualidade!

Bora chegar!

Todo dia é dia da mulher trabalhadora!


terça-feira, 9 de julho de 2013

ATENÇÃO!

ALTERAÇÃO DE LOCAL:

O endereço correto é:

Fábrica de Cultura.
Rua Pedra Dourada, 65 - Vila Curuçá.

terça-feira, 25 de junho de 2013

A quem serve a "cura gay"?

A “farsa” pressupõe ainda uma relação dialetizada entre a “máscara ideológica” e a “efetividade”: é justamente o confronto dialético da “efetividade” (das novas condições históricas) com sua “máscara ideológica” que faz desta última uma farsa. Ora, em razão da cisão que não mais é mediatizada de maneira reflexivo-dialética, a “máscara” ideológica, no fascismo, como que “endurece”, não se acha mais numa relação dialetizada com a “efetividade” que possa refutá-la como “farsa”, ou seja, a ideologia torna-se literalmente “louca”. (ZIZEK 1990 em Eles não sabem o que fazem, p. 30)

Na última terça-feira, 18/06/2013, foi aprovado na Comissão de Direitos Humanos da Presidência da República, presidida pelo pastor Marcos Feliciano (PSC), o projeto de decreto legislativo 234/11 de autoria de João Campus (PSDB-GO), apelidado de “Cura Gay”, no qual dita:

Esse PDC, conforme versa o autor, originou-se, nas queixas de profissionais, que por conta da aplicação do parágrafo único do art. 3º e o art. 4º da Resolução nº 01/99 do Conselho Federal de Psicologia, tem sido levados a julgamento no Conselho de Ética de seu órgão de classe, já existindo, inclusive, profissionais que estão impedidos de exercerem a profissão.

Esse PDC nº 234/2011, também foi motivado, conforme o autor da proposta, pelo objetivo de ajudar a um número expressivo de pessoas que sentem a necessidade de procurar profissionais da Psicologia para harmonizar os seus conflitos interiores, mas estão sendo impedidos de obterem ajuda em função da aplicação da Resolução nº 01/99 do Conselho Federal de Psicologia.

          A proposta legislativa versa sobre a liberdade e a proibição do psicólogo para atender pessoas com transtornos resultantes de desequilíbrio e de conflitos interiores em decorrência de dúvidas e rejeição de sua opção pela homossexualidade.

Do ponto de vista da Psicologia, tomando como referência o Código de Ética do Psicólogo, aprovado em 2005, e seguido por profissionais da área, podemos levantar alguns importantes destaques:

II. O psicólogo trabalhará visando promover a saúde e a qualidade de vida das pessoas e das coletividades e contribuirá para a eliminação de quaisquer formas de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.


Pergunta-se, portanto, há neste item do código algum impedimento de que uma pessoa homossexual não seja atendida, caso esta procure um profissional, para trabalhar o sofrimento que eventualmente lhe cause sua orientação sexual?

A homossexualidade não é algo que pode ser separado de uma pessoa nem uma pessoa pode ser enclausurada em sua orientação sexual. A orientação sexual apresenta-se como um modo de relação entre pessoas e, assim, fica difícil ser homossexual sozinho. Portanto, a homossexualidade tem um caráter social, o qual voltaremos mais adiante. Por outro lado, a pessoa homossexual não deve ser reduzida a um estigma, exemplo banal dado por uma das pessoas que lhes escrevem: “assumo minha homossexualidade e também que gosto de chocolate, ou melhor, minha orientação sexual é homossexual, mas nem por isso sou somente homossexual”. Isso incide de forma voraz nesse projeto porque este tem como pressuposto que o único modo de sofrer (e morrer,) daquele estigmatizado como homossexual, seria decorrente de sua imanente orientação sexual. Nesse sentido, o homossexual só haveria de sofrer por causa de sua inerente homossexualidade, não tendo nada haver como outras pessoas e/ou instituições que o tratam e com as quais convive.

Palavras frequentes nesse projeto mostram onde é localizado o sofrimento: “um número expressivo de pessoas que sentem a necessidade de procurar profissionais da Psicologia para harmonizar os seus conflitos interiores”.  A categoria dos conflitos interiores é um conceito fundamentado num modo de compreensão que extirpa a dimensão social, histórica e multideterminada do sofrimento psíquico desvelando-se em seu caráter político individualista e fundamentalista liberal e conservador.

Recapitulando tudo até aqui: Ficou nítido que os psicólogos podem atender pessoas que se concebem como homossexuais e que sofram em decorrente de sua orientação sexual dentro de uma sociedade patriarcal machista e heteronormativa, mas que, apenas não considera esse sofrimento decorrente da própria pessoa, mas sim da vivência numa sociedade opressora. Sendo assim, o modo que se trata a homossexualidade será mais humanista e sensato, pois não está isolando o indivíduo de uma realidade que o cerca e por vezes o persegue.  Exemplo, uma de nós do coletivo Anastácia Livre relata: “eu fui para a psicóloga por ser homossexual – entre outros motivos -, e minha psicóloga trabalhou comigo que esse sofrimento não era pela minha orientação, mas por eu viver numa sociedade que me faz sentir mal, por ser heteronormativa”.

Então a heterossexualidade seria uma norma na sociedade? A História da humanidade está pautada em perseguições contra ao que convencionaram chamar de minorias – pessoas fora da norma/normalidade –, portanto, em momentos de retrocesso como este, faz-se importante retomar alguns fatos históricos para darem base à nossa reflexão. Lembremos do massacre de homossexuais no Holocausto, promovido por Adolf Hitler, nos sangrentos anos da Segunda Guerra Mundial, durante o Terceiro Reich Alemão, e que por muitos anos foi deixado debaixo do tapete. Onde procedimentos médicos foram utilizados com o mesmo discurso da ‘cura gay’, onde milhares de pessoas (estimam-se em 6.000) sofreram as mais cruéis experiências, nas mãos de corpos médicos que colocavam em prática os ideais nazistas de limpeza étnica e social.

Destaque também à perseguição de homossexuais, na década de 1970, nos Estados Unidos, onde verdadeiras “caças aos gays” inflamadas por políticos da época, com respaldo da sociedade branca, heterossexual, rica, levaram ao assassinato de dezenas de pessoas.

Lembremos também dos inúmeros casos de homossexuais assassinados no Brasil, onde podemos contabilizar 1 caso a cada 26 horas, segundo a organização Grupo Gay da Bahia (GGB), tendo em conta que entre 2006 e 2012 houve um aumento de 177%. Tais atos de violência são reforçados por grupos de ódio que seguem ideais herdados destes períodos desumanos de nossa história, contabilizando cerca de 25 gangues só na cidade de São Paulo. Não podemos deixar de destacar que, estes ideais também seguem sendo orquestrados publicamente, seja dentro do Congresso Nacional, com propostas de leis absurdas, quanto nos meios de comunicação, onde homossexuais continuam sendo hostilizados nos mais variados estereótipos, em novelas e programas de humor, alimentando todo esse conjunto de intolerâncias.

E por fim, em meio de tantos outros fatos que podemos elucidar, lembremos ainda do crescente número de estupros “corretivos” contra lésbicas ocorridos no Brasil, motivados pela velha moral machista e homofóbica, do “Você vai aprender a gostar de homem”, onde 6% das vítimas de estupro que procuraram o serviço do Disque Denúncia do governo federal, durante o ano de 2012, são de mulheres lésbicas, segundo a Liga Brasileira de Lésbicas. Portanto, a história escancara: há a heteronormatividade e esta nunca foi dissociada de uma concepção política deveras conservadora.

Mas afinal, para que serve então este projeto? Não faria sentido à existência desse projeto senão para uma finalidade: a usurpação da psicologia para a reprodução de valores do conservadorismo político, e mais, para garantir o poder deste, que se expressa em opressões sociais e exploração capitalista, dentro das instâncias públicas. Eis aqui como o ponto nodal deste projeto, a sua proposição tenta ardilosamente afirmar o conservadorismo, o controle do corpo, a manutenção e o fortalecimento de instituições como a família burguesa, do machismo, patriarcado e (legalmente) da violação dos direitos humanos. Em todos estes ataques, perpassa o modo de compreensão metafísico defendido por vários pastores e seus seguidores, que ultrapassam os limites do direito e da dignidade humana ao pregar tamanho preconceito em forma de Decreto Legislativo completando, pois, a afronta ao Estado Laico.

Como historicamente levantado, descontextualizando e internalizando o sofrimento a partir de uma posição política, este projeto responsabiliza o indivíduo homossexual como modo de esconder o conflito real. E assim, de forma sutil, esse projeto tenta prender a psicologia aos grilhões da classe dominante na forma de um individualismo Universal e a-histórico versando sob o pretexto da “liberdade e a proibição do psicólogo”. Afinal, apoderando-se dessa área, eles terão ferramentas para inculcar determinado tipo de consciência em suas obedientes e dóceis ovelhas, “reprimindo” “psicologicamente” o conflito real.

Para garantir a ascensão deste conservadorismo político, faz-se conveniente a seus protagonistas forçar nas massas religiosas (principalmente a evangélica) um ódio e temor em relação a homossexuais. Pois, mesmo que possamos dizer que há muito tempo os evangélicos fossem avessos a pratica homossexual, esta enorme investida na irradicação da homossexualidade, só ganhou força e direção por conta de algumas figuras políticas e públicas, como Feliciano e Malafaia, que incitaram tais sentimentos contra a comunidade LGBTT sob a falácia da ditadura gay. Este discurso conservador serve para entravar não só qualquer política pública de moderação em prol de minorias sociais, mas para combater uma alternativa política e social ao capitalismo e seus parceiros ideológicos.

Temos então de nos posicionar não somente como pertencentes à comunidade LGBTT e “simpatizantes”, mas como a Esquerda que prega uma transformação radical da sociedade em todos os seus aspectos sociais e que luta pela emancipação humana e igualitária, desatada de privilégios, preconceitos e servidão. Portanto, ainda que não escutem a nós ou à “efetividade”, não nos calaremos diante de tal violência.

- Jaq Gigeck
formada em psicologia pela PUC-SP e militante do coletivo



quarta-feira, 17 de abril de 2013

Próxima Reunião Mensal



Textos: 
- Introdução ao Método em Marx - José Paulo Netto: 
- Entrevista c/ José Paulo Netto sobre esta obra - complementar:

Para ter acesso ao endereço, envie um email confirmando presença: anastacialivre@gmail.com

*reunião só para mulheres*

quarta-feira, 27 de março de 2013

8 de Março 

Que saia da pia, que vá para a rua…
Não “ficou pra titia”, foi opção sua… 
Casar não é pra todas uma realização. 
Há aquelas que casam com a revolução.
-Ligaram pra você do salão. 
-Tenho certeza que foi engano.
-Mas tá marcada a depilação. -
- Agora já tenho outros planos. 
“Meu Deus as mulheres estão de pernas pro ar”… 
Não, só não estamos de pernas depiladas, de roupas mais curtas e não “te abrindo as pernas” nem obrigatoriamente de pernas cruzadas.
Lugar de mulher é na política! 
Da branquela à negra fulô, da gorda à magra raquítica.
“Mulher que é mulher”…tem cromossomo xis ou virou mulher porque quis! 
Viva todas as lésbicas, ou héteros, as transexuais, as bis…solteiras, polígamas, monôgamas, travestis. 
Não importa como me porto, de quantos filhos já fiz parto, se fiz ou não fiz aborto, se sou puta, se sou virgem, nem as proporções do meu corpo… 
Não sou objeto! Sou Marie Gouze, sou Pagu, sou Frida Kahlo… 
Diante de tabus, não me calo. 


 Por -Anna Paula Figlino

terça-feira, 12 de março de 2013

Todo dia é dia da mulher trabalhadora! - Evento na Cidade Tiradentes

No dia 30 de março será realizado um evento em comemoração ao Dia Internacional da Mulher na Cidade Tiradentes, na escola Oswaldo Aranha Bandeira de Mello: Todo dia é dia da mulher trabalhadora! Um dia de oficinas, conversas, café, música e muito mais, especialmente para as mulheres trabalhadoras e crianças. A organização é dos grupos Anastácia Livre, Juntas na Luta, Violeta Parra, A’s Trinca, Família GGF, Contaminação, Força Ativa e Casa Anastácia.


Exclusivo para mulheres e crianças, é só chegar! 

Além disso, os grupos também produziram um material informativo (folder) sobre o Dia da Mulher para ser distribuído a todas e todos na região: 






 

Divulgue, some, participe! 

-


sexta-feira, 1 de março de 2013

Campanha de Arrecadação "Estou presa, continuo mulher!"

A humilhação também é uma forma de tortura. As mulheres em situação de prisão precisam de roupas íntimas e absorventes, como qualquer mulher. Se essa necessidade é ignorada (às vezes propositalmente, mas mesmo que por omissão), se configura o cenário de tortura, de humilhação da sua condição de mulher.

Uma das formas de se lutar contra essa tortura é a solidariedade. O Grupo de Estudos e Trabalho Mulheres Encarceradas está arrecadando doações para mulheres em situação de prisão. As doações serão recebidas até o dia 5 de março, e entregues três dias depois, no Dia Internacional das Mulheres.


Ajude, divulgue, faça sua doação!

Fonte: Maria Frô.



(Des) Construindo o Feminino na UNIFESP-BS

De 04 a 08 de Março será realizada a Semana do 8 de Março na Unifesp da Baixada Santista, intitulada "(Des) Construindo o Feminino" e organizada pelo Núcleo de Estudos Heleieth Saffioti.

O evento terá oficinas, rodas de conversa, debates e apresentações sobre questões de gênero e reflexões feministas, com a participação das militantes da Anastácia Livre no debate sobre ativismos feministas e seus coletivos (05/03 às 19h30).




Participe! Divulgue!

Clique aqui para ver o evento no Facebook.

"Está para nascer a sociedade que não possua preconceito de gênero. Nossa luta, jovens, deverá construir logo esse tipo de sociedade. Mãos à obra." (Heleieth Saffioti)

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Coletivo Anastácia Livre conversa com DAR sobre feminismo e antiproibicionismo

Foi publicada ontem, na seção Abre a Roda, a entrevista com o Coletivo Anastácia Livre feita pelo Coletivo antiproibicionista DAR (Desentorpecendo a Razão). 



A conversa permeou temas como as relações entre a luta contra a proibição das drogas e outros movimentos emancipatórios, o paradoxo das reivindicações por descriminalização de algumas condutas e a criminalização de outras dentro dos movimentos sociais, a relação entre drogas e violência de gênero, entre outros. Confira um trecho: 


Entre as principais críticas ao modelo proibicionista, está a denúncia de como a guerra às drogas é usada como pretexto para o encarceramento em massa, invariavelmente da população pobre, em sua maioria negra. Ao mesmo tempo, muitos movimentos emancipatórios, como o feminista e o LGBTT, reivindicam a criminalização como ferramenta contra a opressão, muitas vezes física. O que você pensa sobre a questão?


Aprendemos bem com a cultura da inquisição, com os regimes totalitários e com a moral cristã a lidar com os conflitos sociais a partir de duas premissas: extermínio e prisão! E essa segunda – prisão – até a esquerda tem indicado quando se depara com situações de violência, sem ao menos fazer críticas severas ao Sistema Penal e contextualizar a violência na sociedade contemporânea.

Esse segmento da esquerda, contraditoriamente, abarca um discurso de “justiça” que também é clamada pelo senso comum, solicitando o centro do mecanismo das opressões (o encarceramento) para minimizar sua opressão especifica, sem visualizar que se está pedindo uma prática opressora para acabar com a opressão que sofre. Isso porque o Sistema Penal é essencialmente seletivo e tem sede por massacrar especificamente os jovens, pobres, negros.

Para dar um exemplo, há uns dois anos, durante uma reunião de construção da Marcha da Consciência Negra de São Paulo, uma companheira pautou a importância de denunciarmos a situação em que adolescentes da Fundação Casa/Febem vivem, em vista de várias denúncias de familiares que vinham ocorrendo junto a Amparar – Associação de Amigos e Familiares de Presos/as, da qual estive compondo. Os movimentos presentes não deram muita importância aos fatos colocados, e para piorar, ao fim da reunião, uma mulher, negra, militante, disse a essa companheira que era mesmo errado praticar tortura nas unidades da Fundação Casa/Febem, mas que ela não admitiria ver solto um adolescente que furtasse o celular dela: “Se ele fez isso ele tem que “pagar”. O que esta militante do movimento negro não se recordou é que o adolescente que está lá preso não é branco. É justamente o negro, pobre e que por uma série de questões objetivas e subjetivas o levou a praticar o ato. No fim, esse desejo de “tem que pagar” era, portanto, para ela mesma, e para todos do Movimento Negro, que ela estava solicitando punição.

Solicitar maior punição é sempre um tiro no próprio pé (ainda mais em um contexto político de tolerância zero) e mostra ainda a superficialidade das lutas sociais que não estão se dedicando a colocar o dedo nas grandes feridas, nos grandes conflitos para assim refletir formas de superação destes. Há que nos dedicarmos em pensar em novas formas de Gestão dos Conflitos para o agora e para o futuro que desejamos.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Primeira Reunião de Formação do Ano

Formação dia 24/02/2013 na Biblioteca Comunitária Solano Trindade
Para informações sobre endereço e horário entre em contato: anastacialivre@gmail.com

Importante: Reunião somente para as mulheres. Pauta: 1.Formação; 2. Informes; 3. Encaminhamentos do Planejamento p/ 2013.
Textos para a formação:
- O Método em Marx
Texto 1: Introdução ao Método em Marx, de Zé Paulo Netto. (via Scribd)
Texto 2 (complementar):  Entrevista c/ Zé Paulo Netto sobre esta obra - http://www.scielo.br/pdf/tes/v9n2/10.pdf